Certamente um dos fenômenos naturais mais impressionantes (e perigosos) são os ciclones. Vez ou outra, você já deve ter visto nos noticiários algum problema causado por eles, e de fato, eles podem causar inúmeros transtornos, inclusive, tragédias. Mas, você sabe o que é um ciclone? Como se formam? E quais as diferenças, afinal entre ciclones, furacões e tufões?
Bem, essas e outras dúvidas vão ser esclarecidas melhor a partir de agora.
Em definição, o que é um ciclone?
De um modo geral, podemos dizer o seguinte: ciclones são massas de ar que apresentam um movimento giratório em velocidades mais elevadas.
Essas massas de ar carregam bastante umidade, e podem causar chuvas torrenciais pelos locais onde passam.
Eles são formados em área de baixa pressão atmosférica, o que quer dizer que os ventos nesses lugares “sopram para dentro”. Interessante que o sentido dessa movimentação muda de acordo com o local no planeta.
Por exemplo: se esse fenômeno estiver sendo gerado no Hemisfério Norte, então, a movimentação dos ventos segue um sentido anti-horário. Já se estiver no Hemisfério Sul, o sentido giratório é horário.
Basicamente funciona da seguinte maneira: o ar quente e úmido, menos denso e geralmente localizado em áreas tropicais, sobe até as camadas superiores atmosféricas.
Em contrapartida, o ar frio e seco, que é mais denso, fica mais na superfície terrestre, e isso faz com que a pressão atmosférica diminua.
Resultado: ocorre uma liberação muito grande de calor por causa da elevação do ar quente e úmido.
A massa de ar do local acaba por se aquecer, o que gera um processo que chamamos de convecção (transmissão de calor). É a partir disso que se forma o ciclone.
Existem diferenças entre ciclone, tornado, tufão e furacão?
Em essência, não há diferenças substanciais entre ciclones, tufões e furacões.
Na verdade, tratam-se apenas e tão somente de termos usados em diferentes partes do mundo para denominarem basicamente a mesma coisa: massas de ar em movimento giratório de alta velocidade.
Na verdade, pra ser mais específico ainda, esses nomes se referem a tipos e especificidades um do outro. No frigir dos ovos, tufão e furacão, por exemplo, são dois subtipos de ciclone, e as diferenças entre eles residem em alguns detalhes.
No caso de um ciclone, a sua área de atuação pode se estender por centenas de quilômetros, enquanto que a abrangência de um tornado é bem menor.
Em compensação, as velocidades deste último são bem maiores que as de um ciclone.
Já o que vai diferenciar um tufão de um furacão é o local específico onde se formam. Enquanto que o primeiro tende a se formar no oceano Pacífico, furacões geralmente se formam na parte norte do oceano Atlântico.
Tamanhos descomunais
Um ciclone ou furacão (tanto faz) é classificado como a maior tempestade do nosso planeta. E, de fato, essa massa giratória de ar pode ser imensa.
Na verdade, o tamanho total dela varia muito, podendo ir de 100 a 2.000 km de extensão (o que já é bem grande em seu tamanho mínimo).
Segundo registros, o maior furacão que se tem notícia foi o Typhoon Tip, ocorrido em 1979, na parte noroeste do Pacífico. Seu diâmetro tinha aproximadamente 2.220 km.
O pior é que, de fato, esses fenômenos costumam ser realmente gigantes, ultrapassando as dezenas de quilômetro em extensão e altura, e provocando estragos muito graves por onde passam.
Nomes diversificados
Uma coisa interessante a respeito dos ciclones ou furacões (ou tufões) é que alguns deles têm nome, e você já deve ter ouvido alguns por aí, como o Katrina, o Laura ou o Sandy.
Mas, afinal, quem nomeia esses fenômenos e por quê?
Na verdade, o primeiro uso científico de nomes para essas massas de ar giratórias se deu na Segunda Guerra Mundial.
Basicamente isso foi feito para facilitar a distinção entre ciclones tropicais de outros que surgissem em localidades diferentes.
Interessante que, de início, o sistema de nomeação desses fenômenos era simples e feito em ordem alfabética.
O nome da primeira tempestade da temporada começava com a letra A, a segunda, com a letra B, e por aí vai.
Além disso, nomear esses fenômenos também permitia que os soldados que estavam no front se lembrassem de seus entes queridos. Por isso que a prática começou com meteorologistas homens dando nomes de mulheres.
Isso persistiu até o final dos anos 70, pelo menos, no National Hurricane Center em Miami.
Só que a partir de 1979, também começaram a ser incluídos não somente nomes masculinos, como também de outras nacionalidades, como franceses e espanhóis.
E sabe o antigo sistema de nomenclatura alfabética? Bem, ele continua, só que agora supervisionado pela Organização Meteorológica Mundial (WMO), que possui uma lista de nomes para diferentes bacias oceânicas.
Perigo ao redor do olho de um ciclone
Essas tempestades só possuem aquele formato circular devido às faixas espiraladas de vento e chuva que são irradiadas do centro de um ciclone ou furacão.
E são justamente essas faixas que pode causar os maiores danos nas regiões atingidas.
Inundações e até a formação de tornados (que têm velocidade maior) podem acometer os locais de atuação desses fenômenos.
Porém, a pior parte está ao redor do olho de um furacão, mais precisamente na sua “parede”. Afinal, é aqui que se encontra um grupo restrito de tempestades, onde os ventos mais fortes podem causar danos consideráveis quando o fenômeno chega à costa.
O núcleo de um ciclone, o seu “olho”, é bastante quente, já que ele é formado pelo ar que desce dos níveis superiores da atmosfera.
Nem sempre os ventos são o maior perigo
Muito se fala nos noticiários a respeito dos fortes ventos dessas tempestades, mas, na verdade, um dos maiores perigos está em outro fator: a tempestade em si, e a enorme quantidade de água trazida do oceano para a parte da costa.
Na verdade, mais da metade de todas as mortes causadas por furacões ou ciclones são devido a isso.
Está certo que das ondas provocadas por esses fenômenos são relativamente pequenas, mas, ciclones maiores podem inundar cidades costeiras inteiras.
Assemelha-se a um tsunami, por assim dizer, onde o grande perigo mesmo está na enorme quantidade de água que invade áreas povoadas à beira-mar.
Esperamos que tenham curtido essas curiosidades e fatos interessantes a respeito dos ciclones, fenômenos naturais realmente intrigantes (e perigosos).
Fontes: mundoeducacao, mundoeducacao, puroclean, madison, mentalfloss