Supernova – O que é, tipos e como acontece

O universo é um lugar fascinante em todos os sentidos. Possui uma infinidade de fenômenos magníficos e que, felizmente, estamos tendo condições de enxergar por meio do avanço da ciência, que tem mostrado imagens verdadeiramente deslumbrantes de determinados fatos do cosmo. Como no caso de uma supernova.

Um evento astronômico que acontece simplesmente quando algumas estrelas estão em seu estágio final de evolução. O resultado, visualmente falando, é muito bonito.

A seguir, vamos falar melhor a respeito desse fenômeno, quais são os principais tipos de supernova, além de outras curiosidades.

O que é realmente uma supernova?

O que é realmente uma supernova

Antes de mais nada, podemos definir rapidamente uma supernova como sendo um objeto celeste que irradia uma luminosidade incrível, e que tem o tempo de duração de alguns meses. Porém, não é apenas e tão somente isso.

Ela se origina graças à explosão de uma estrela de grande massa após ela ter consumido toda a energia armazenada em seu interior.

Ou seja, podemos dizer que, além de ser o estágio final da evolução de uma estrela, a supernova também significa a sua morte.

Seu nível de luminosidade é imenso. Pra se ter uma ideia, o grau de intensidade corresponde a aproximadamente 10 sóis.

Mas, quando que uma supernova foi percebida pela primeira vez por nós, seres humanos?

De acordo com registros, foi em 1604, e a observação foi feita pelo astrônomo Johannes Kepler. A luminosidade dessa supernova durou cerca de 3 semanas.

De acordo com especialistas na área, essa foi a última supernova observada aqui, na nossa Via Láctea.

Contudo, a mais antiga supernova já registrada (mesmo que as pessoas da época não soubessem do que se tratava e do seu nome) aconteceu em 185 d C, quando astrônomos chineses notaram luzes muito brilhantes vindas do céu. Esse fato está documentado no Livro de Han Posterior.

Foi descoberto, algum tempo atrás, que as supernovas acontecem a cada 50 anos mais ou menos. E isso ocorre porque o universo não possui uma única galáxia, mas, várias. Digamos que se sabe, hoje, que existem “apenas” 1.000 bilhões delas!

Como acontece uma supernova e quais seus principais tipos?

Como acontece uma supernova e quais seus principais tipos

Bem, como já falamos a princípio, esse objeto celeste chamado de supernova surge por meio da explosão de uma estrela que tenha uma massa muito grande.

Quando uma estrela se forma, ela usa todo o hidrogênio que conseguir, e é por isso que muitas estrelas conseguem um brilho enorme.

Só que o uso desses elementos de forma constante, e ao longo de muito tempo, leva à queima e à fusão nuclear da estrela.

É por isso que a supernova, na prática, simboliza o início da última fase de transformação desses corpos celestes.

Basicamente, existem dois tipos de supernovas, sendo que os responsáveis por essa classificação foram os físicos Fritz Zwicky e Walter Baade.

Por sinal, foi o primeiro quem teorizou e conceituou esses fenômenos astronômicos, apontando como eles surgem.

Então o tipo 1, é quando o raio de espectro dela não tem raias de absorção de hidrogênio. Já o tipo 2 tem raias de absorção bem largas.

Contudo, essas definições só seriam aceitas pela ciência muito tempo depois de serem descobertas, já que a idoneidade desses dois cientistas, à época, foi colocada em xeque pela sociologia da ciência.

Somos feitos de elementos que vêm de supernovas

Somos feitos de elementos que vêm de supernovas

As supernovas possuem uma complexidade tão grande que podemos dizer que todos os elementos químicos que conhecemos e que são essenciais a nós são encontrados nelas.

Desde o oxigênio que você respira até o cálcio que faz parte dos seus ossos.

Não somente isso. O ferro que se encontra no seu sangue, e até o silício do qual é feito o seu computador. Tudo isso pode ser encontrado em maior ou menor escala em uma supernova.

E isso acontece porque à medida que esse corpo celeste explode, ele desencadeia uma série de reações nucleares, que vão formando os mais diversos tipos de elementos.

E a maior parte desses elementos vêm justamente do colapso do núcleo da estrela em questão.

Cientistas, inclusive, acreditam que as supernovas são um dos locais onde ocorre a produção da maior parte dos elementos químicos mais pesados que o ferro.

As possibilidades de transformação e a potência da luminosidade

As possibilidades de transformação e a potência da luminosidade

Basicamente quando uma estrela evolui para o estágio de supernova, e está perto do seu fim, ela pode se transformar em duas coisas bem distintas: ou uma estrela de nêutrons, ou então um imenso buraco negro.

Por outro lado, há também a chance da estrela ser completamente destruída após o término de uma supernova.

E uma das coisas mais impressionantes desses corpos celestes é a sua capacidade de iluminar áreas gigantescas por muito tempo.

Nesse sentido, certas explosões de supernovas por aí têm um pico de iluminação comparável somente com algumas galáxias.

Logo em seguida, esse fenômeno começa a desaparecer aos poucos. Portanto, esse é um processo que pode demorar bastante, levando semanas e até meses para ser concluído.

Supernova tão perto e fácil de ser observada em 1987

Supernova tão perto e fácil de ser observada em 1987

De todas as supernovas registradas até os dias atuais, uma das que estavam mais próximas e mais visivelmente perceptíveis foi uma avistada na manhã de 24 de fevereiro de 1987.

O responsável pela observação e registro dela foi o astrônomo canadense Ian K. Shelton.

Denominada de SN 1987A, essa supernova atingiu uma magnitude de luminosidade em pouquíssimas horas, tornando-se até mesmo visível a olho nu.

Ela estava localizada na Grande Nuvem de Magalhães a uma distância de aproximadamente 160.000 anos-luz.

A intensidade de seu brilho foi se esvaindo aos poucos nos meses seguintes, tendo sido portanto a primeira que os astrônomos puderam analisar em detalhes.

Denominações cada vez mais variadas

Denominações cada vez mais variadas

Com o passar do tempo, e o aumento da tecnologia, mais e mais supernovas puderam ser observadas e estudadas a cada ano.

Por isso, o sistema original de rotulação, que colocava somente “SN” seguido do ano de descoberta do corpo celeste, já não é mais suficiente.

Então hoje em dia, uma supernova é rotulada da seguinte forma: “SN” + ano de ocorrência dela + duas letras.

Por exemplo: suponhamos que a primeira supernova encontrada em 2020 seja algo do tipo SN 2020ª, e a 367ª supernova desse mesmo ano seja SN 2020nc.

Curiosíssimo, não? É o que o nosso universo tem a nos oferecer em forma de espetáculos magníficos, e que agora por fim podemos observar e estudar com mais clareza.

Fontes: segredosdomundo, scitechdaily, nineplanets, britannica

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