Neste último dia 8, uma região terrestre com aproximadamente 200 km de largura mergulhou na escuridão em plena luz do dia, enquanto as temperaturas despencavam, devido a um eclipse solar total que pôde ser visto em partes do México, dos Estados Unidos e do Canadá. Infelizmente, o Brasil não se encontrava na rota deste evento e terá que aguardar até 2045 para presenciar um eclipse similar.
Entretanto, em outubro do ano anterior, o Brasil teve a oportunidade de observar um eclipse solar anular. Durante este evento, o surfista Italo Nogueira se destacou ao fazer uma foto sua com o disco solar ao fundo, remetendo à sua conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio em 2020.
Durante um eclipse anular, a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol sem, no entanto, cobrir completamente a estrela devido à sua maior distância da Terra, resultando na formação de um “anel de fogo” ao redor da Lua. A visualização completa deste fenômeno foi possível apenas em certas regiões do Norte e do Nordeste brasileiro, sendo parcial em outras áreas.
Em março deste ano, ocorreu outro tipo de eclipse, o penumbral lunar, caracterizado pela posição da Terra entre o Sol e a Lua, fazendo com que esta última entre na sombra parcial da Terra. No entanto, este fenômeno dificilmente é notado.
Para aqueles que perderam este espetáculo, uma nova chance surgirá nos dias 17 e 18 de setembro, com a ocorrência de um eclipse lunar parcial visível do Brasil, no qual uma parte da Lua será coberta pela sombra.
Um eclipse lunar total, no qual a Lua fica completamente na sombra da Terra, adquirindo uma coloração alaranjada ou avermelhada devido à atmosfera terrestre, somente será observável no Brasil em 14 de março de 2025, conforme a NASA.
Quanto aos eclipses solares, o Brasil antecipa um eclipse parcial em 2 de outubro, com melhor visibilidade no Sul do país, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro terão menores chances de observação. Um novo eclipse solar anular ocorrerá somente em fevereiro de 2027, e para presenciar outro eclipse solar total, será necessário aguardar até outubro de 2045.
A distância não impediu os entusiastas de acompanhar o recente eclipse solar total, com transmissões ao vivo realizadas pelo Observatório Nacional e pela NASA.
Nos EUA, a escuridão provocada pelo eclipse abrangeu uma população de 31,6 milhões de pessoas, um aumento significativo em comparação com os 12 milhões afetados por um fenômeno similar em 2017.
O evento também foi uma oportunidade para pesquisas científicas sobre o Sol e seu impacto na Terra, com a duração da totalidade variando conforme a localização, alcançando mais de quatro minutos em Durango, México.
O eclipse gerou expectativas de atrasos significativos e superlotações, com eventos planejados, aulas canceladas e voos especiais organizados para observar o fenômeno. Um estudo no Texas estimou o impacto econômico do eclipse em cerca de R$ 30 bilhões.
Segundo Bill Nelson, diretor da agência espacial americana, os eclipses despertam uma admiração única pela beleza do Universo, um sentimento que os brasileiros terão a chance de experimentar novamente em 2045.